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Mil Coisas Invis​í​veis

by Tim Bernardes

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  • Record/Vinyl + Digital Album

    Gatefold 2LP edition on "Invisible" clear vinyl, exclusively available online. Orders will ship on or around November 18, 2022. Images are mockups and actual product may vary slightly in appearance.

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  • Compact Disc (CD) + Digital Album

    Standard CD edition. Orders will ship on or around November 18, 2022. Images are mockups and actual product may vary slightly in appearance.

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1.
nascer nascer outra vez bem no meio da vida de fato acordar e enxergar cada dia as coisas existem com força e magia e eu sou a consciência da coisa que eu sou eu quero e eu amo e eu posso e eu vou viver na realidade que é onde é possível às vezes sem nem perceber que está vivo às vezes na barra, às vezes na boa no mundo, na mente, no sonho e no ser no raro momento infinito viver morrer que a ausência é a presença do inexistente do silêncio com seu volume gigante limite pra além do azar e da sorte que prova existir vida antes da morte que une e separa o todo da parte nascer viver morrer nascer
2.
Fases 04:18
acho que o tempo passou para nós alguma coisa ficou para trás e olhar pra frente é em vão não dá pra ver tão de dentro e perto quem não vê tenta lutar controlar sofre por imaginar o pior será que não é cansar e lutar à toa se afinal de contas... fases, fases vão passando eu não posso mais lutar contra medos, medos também passam eu nunca deixei de enfrentar trago marcas do caminho perdi a pureza da infância trato as marcas com carinho elas já são parte de mim destruí meu velho eu para mim enterrei deus no quintal no jardim matei minha mãe, meu pai me perdoei seguimos todos vivos de fato um ciclo fechou outra vez vimos que a barra pesou pode crer o mundo teve que andar mais devagar para olhar pra dentro paro, saio, me retiro me penduro comigo mesmo já não tento, já não falo só existo e deixo passar faço a limpa no armário abandono os meus personagens quase sonho meu futuro mas espero a hora chegar
3.
tudo em volta tem me confirmado, bb que eu e você somos coisa de alma o universo tem deixado claro, bb só quem não quer ver não enxerga namora comigo, eu namoro com você garupa de moto amarela é meu feriado favorito você quem eu quero ser tem que estar do seu lado já me apaixonei ficando cego, bb com você eu sonho de olho aberto, bb quero amar e sempre ver de perto você vamos explorar santa cecília, bb eu sigo você sossegado pode me seguir também, vou te fazer bem podemos curtir de mãos dadas você muda tudo e tudo fica tão bem mil cores, melhores amigos nós não vamos mais ser tão sozinhos, bb conto com você, pode contar comigo já me apaixonei ficando cego, bb com você eu sonho de olho aberto, bb quero amar e sempre ver de perto você
4.
toda beleza, todo amor é lindo, é realmente lindo se vá tristeza, por favor vá indo, quero me ver sorrindo a novidade chegou, chegou, chegou a saudade já foi embora adeus eu já sei quem sou adeus eu já vou andando vai ver eu não vou voltar vai ver eu já estou chegando de longe pra me acalmar de perto tudo é tão grande é lindo, é legal de estar o mundo é gigante
5.
Meus 26 05:00
é, parece que eu completei meus 26 que tudo conspirou até aqui e terminou de uma só vez são paulo, minha casa minha vida se parece com você a ruína morta viva do trabalho que não para pra não ver a bahia continua como um sonho lindo do que eu quero conhecer minas, meu amor, o meu afeto pra se um dia eu me esquecer minha beleza, o rio de janeiro continua lindo mas não anda muito bem um centro, um norte que eu quase pressinto que eu perdi ou que ainda vem no sul o rock n roll passou do ponto há quem diga que morreu mas minha energia adolescente não esquece o que aprendeu meu país, minha cabeça variada, quer ser tudo de uma vez vai chegar dois mil e vinte como chegou o dois mil qual história se repete? qual a gente nunca viu? mostrar o brasil pro mundo ou o mundo pro brasil? é, parece que eu exagerei mais uma vez que o corpo e o coração não deram conta de alcançar o que eu pensei a trasnformação do ano de saturno não foi fácil pra ninguém presos entre um fim e um recomeço ou entre o começo e o fim no céu eu reconheço algum mistério que existe dentro de mim o escuro às vezes lembra o infinito às vezes me lembra o fim o mundo tem mil coisas invisíveis nada é só concreto assim vai chegar dois mil e vinte como chegou o dois mil qual história se repete? qual a gente nunca viu? brasil, internet, mundo mundo, internet, brasil vai chegar dois mil e vinte como chegou o dois mil qual história se repete? qual a gente nunca viu? de dois mil e dezessete são paulo sp, brasil
6.
Falta 03:03
música, música eu sinto com a nuca nunca nunca, meu amor não diga nunca sempre tente, cada vez é diferente sente calma, dê um espaço pra alma falta falta, falta tesão, tesão eu sinto no corpo todo toda, tudo e total, tô à toa zoa voa, vai ver a vida te salva salta solta, que a alma volta mais alta falta falta, falta
7.
Velha Amiga 04:07
vida velha avenida pompéia memória que me alegra das coisas mais bonitas que eu vivi fim de inverno o amor ficando sério declarações, o terno faz tanto tempo eu nunca mais ter vi mande notícias, velha amiga como anda sua vida? como eu queria ver nós dois nos encontrando em paz uma vez mais noite de festa, tão depressa amor à primeira vista e logo eu que andei tão triste e quase duvidei hoje eu bem sei velha amiga, eu fiz o que eu podia você também fazia tentar viver de amor só não bastou é doída a história interrompida a semi-despedida o choque de momentos de nós dois mande notícias, velha amiga como anda sua vida? como eu queria ver nós dois nos encontrando em paz uma vez mais tardes antigas nós na pista, bicicletas na avenida aquela cena, eu bem sabia, vinha pra durar e ainda está há quem diga depois de tanta vida que o ponto de partida é quase igual à onde deu no fim mas, de perto o 'quase' era o mais certo na canção do Roberto 'um grande amor não vai morrer assim' mande notícias, velha amiga como anda sua vida? como eu queria ver nós dois nos encontrando em paz uma vez mais manhã tão fria da cozinha eu vejo a cama está vazia as coisas mudam e me resta agora querer bem e mudar também
8.
Olha 04:19
olha, será que vai ser mesmo desse jeito? vi tudo errado e só virei de costas você se armou e eu bati de volta olha, estou tão cansado, eu já não sei mais nada não sei quem começou, sei que não para ninguém mais tem razão na nossa história porque você não me contou? como chegamos nesse ponto? quando é que foi que essa parede se ergueu entre nós dois? olha, você não digeriu o nosso lance quando eu dei trégua você quis revanche e eu não hesitei em aceitar olha, e como eu soube agir não foi bonito mexeu comigo, terminou no grito e o ódio que eu guardei foi meu comigo porque você não me contou? como chegamos nesse ponto? quando é que foi que essa parede se ergueu entre nós dois? olha esse talvez seja o final da história é muito triste ter chegado nisso se eu lembro o que sonhamos no começo porque você não me contou? como chegamos nesse ponto? quando é que foi que essa parede se ergueu entre nós dois?
9.
Esse Ar 03:02
esse ar enluarado esse ar molhado, ar noturno bruto e refinado preto e prateado, ar puro, denso e transparente que mexe, que emociona a gente esse ar imaginário esse ar calado, ar profundo eco do futuro cheiro de passado, ar vento já paralisado mistério fotografado esse ar exagerado esse ar perfeito, o nó no peito é um nó bonito fé e dó do mundo, ah restos de um amor profundo lua, sede verdadeira falta algo e assim mesmo é sempre um buraco inteiro
10.
Última Vez 05:22
eu me lembro da última vez que eu te vi, já bem depois do fim outra fase já no tempo de quase esquecer, pós sofrer e entender liberdade quase a ponto de me perguntar se o que amei foi você ou foi só uma imagem e foi chocante ver você de novo na minha frente e o impacto de não ser tão diferente e aquele monte todo de símbolos doidos que alguém para nós pode ser e as tantas memórias que eu já nem lembrava de ter porque de repente a gente já estava conversando de novo, rindo um do outro ela então ficou séria outra vez e falou 'cara, será que não sente nem mais um pouco?' 'sabe, eu tento me manter durão pra esquecer, mas eu sinto sim muita saudade de você' ela riu da minha cara, eu ri da dela o aperto no peito, a risada sincera e a tímida intimidade de quem já não sabe se ainda conhece um ao outro e a sensação de sentar outra vez nesse estranho conforto e como a letra do som que tocava a gente riu, e riu e ria 'há quanto tempo eu não fico chapado', eu falei ela: 'viu? bem melhor que bebida' 'como é raro pra mim ficar tão à vontade assim com alguém hoje em dia' 'é que eu, você, nós dois já temos um passado' ela cantou e me puxou pro quarto, olhos nos olhos, os dois pelados, abraçados juntos até o final pra depois descansar no meu peito meus dedos entre os seus cabelos, pele no lençol a beatlemania, o indie, os mutantes, os cartões postais as piadas internas, as pernas trançadas, cansadas desse nunca mais todas as cicatrizes que você me fez e as marcas tristes que eu deixei em você e se antes ninguém chorava mais, agora chora todo mundo e a gente se olhou fundo e fez mais uma vez por algum tempo, mas já sem chegar no final porque vai ficando doído mexer nesse jeito no emocional acho que eu que fui tolo de achar que isso agora era só vontade do corpo de pensar que a gente já tinha se superado, estava em outro ponto e talvez não se deva mexer no que, até que enfim, está cicatrizando já eu nem quis pensar, ela disse eu quero apagar tudo isso eu só queria voltar pro lugar onde a gente parou antes de se perder no caminho eu não sabia mais como era fria a vida sem o seu carinho mas mais triste é saber que sabemos que juntos também ficou frio e se a melhor opção nessa história é ruim, como pode haver algum sentido? e ela riu, pela última vez, e pulando em cima de mim falou tamo tudo fudido mas eu pelado e ela em cima de mim não fizemos mais nada além de silêncio por notar que nós dois já passamos por tudo, e no fundo, no fundo não sobrou mais nada pra gente e talvez nem falar, nem chorar pois pra nós já passou até a despedida porque a gente sabe, e talvez sempre soube que só separados achamos saída e que às vezes se escolhe entre amor e alegria na vida eu me lembro da última vez que eu te vi já bem depois do fim outra fase
11.
Mistificar 03:07
tempo de mistificar é mais que o próprio sonho é por poder sonhar amor o sentido vai pintar a ilusão faz parte de se apaixonar a cara e a coragem que a esperança dá - ó, grande sol no universo cósmica luz do luar meu manto azul moderno fundo mais fundo do mar - hora de deixar rolar de estar desprevenido pra o que pode rolar amor a visão vai revelar o que pode ser visto pra além do que está lá eu acredito em beatles eu quero acreditar - ó, grande sol no universo cósmica luz do luar meu manto azul moderno fundo mais fundo do mar
12.
hoje eu me despertei de um sonho lindo a minha vó sorrindo, ai, quanto tempo faz vó, que eu não te abraçava a tua voz na sala, os quadros e os cristais pois dos assuntos sobre bruxaria a minha avó daria é quem sabia mais dos mistérios do planeta e o dom da natureza de se transformar e transformando ela mudou de plano e um dia todos vamos, porém até lá vai, meu filho, encontra um jeito de ser aqui mesmo o que você sonhar e por que não cantar e por que não cantando la la la la e por que não cantar e por que não cantando la la la la quanto mais o tempo passa mais eu acho graça nessa enganação chamada virar adulto o tempo é todo junto, sem separação sem ter barra de compasso sem ter ponto ou traço, sem ter travessão procurando estar presente nesse encontro entre o antes e o depois e por que não cantar e por que não cantando la la la la e por que não cantar e por que não cantando la la la la eu vou voltar, eu vou voltar eu vou voltar a ser feliz, eu quero ser mais calmo eu estou cuidando de mim mesmo eu vou sonhar, eu vou sonhar mais uma vez porque se o sonho acabou não é um sonho velho que vai acabar comigo eu vou mudar, eu já mudei, estou mudando a vida é feita para aproveitar e de algum jeito acho que estou aproveitando se por acaso o amor chamar mais uma vez acho que eu vou, eu quero tentar ir eu inclusive acho que já estou tentando e por que não cantar e por que não cantando la la la la não sei bem como eu entrei numas que eu peguei caxumba uma segunda vez viva minha hipocondria, eu tomo todo dia um xarope chinês não sei se prevenido ou preocupado eu ando viciado em resolver função pra tirar tudo da frente e sentir finalmente paz no coração mas é que quanto mais eu me adianto anda pra frente o ponto que eu quero chegar e acabo sempre atrasado, sem ninguém do lado pra me acompanhar mas por que não cantar e por que não cantando la la la la e por que não cantar e por que não cantando la la la la e eu quero música de qualquer jeito canto no chuveiro, palco ou no metrô a paixão da minha vida minha fantasia, meu eterno amor e eu quero a forma e o conteúdo a casca e o profundo, a pose e a canção eu quero o todo, eu quero tudo ai, ai, como eu me iludo e viva a ilusão e por que não cantar e por que não cantando la la la la eu vou voltar, eu vou voltar eu vou voltar a ser feliz, eu quero ser mais calmo eu estou cuidando de mim mesmo eu vou sonhar, eu vou sonhar mais uma vez porque se o sonho acabou não é um sonho velho que vai acabar comigo eu vou mudar, eu já mudei, estou mudando a vida é feita para aproveitar e de algum jeito acho que estou aproveitando se por acaso o amor chamar mais uma vez acho que eu vou, eu quero tentar ir eu inclusive acho que já estou tentando e por que não cantar e por que não cantando la la la la
13.
eu às vezes me pergunto como tudo chegou nesse ponto é tudo tanto eu vou acabar morrendo nas mãos de um celular do computador, da máquina que tem outra velocidade minha cidade transa pensando no gozo, paga pra ver o final da aflição e da angústia de ter que viver a vida inteira que vida eterna de cansar da própria cara e não ter como descansar e ninguém poder sentir exatamente como um outro sente embora tente mas que música existe pra poder imaginar *** ver que o medo da mudança e do conflito são bem semelhantes depois x antes quando o choque te confunde e você quer voltar atrás quando o escuro é muito grande e sufocante de desconhecido e eu não consigo não existe um horizonte, eu nem sei como explicar e querer ficar contente mas ficar de fato não existe estava, estive mas quem sabe andar contente eu possa, pra movimentar *** sentir tudo tão guardado e controlado pra seguir em frente é tão doente a vontade de chorar, de desistir, de desabar quanta coisa a gente inventa de fazer pra ser bem sucedido é tão vazio o sentido nem sempre está escondido no final mas que a vida nunca é curta perto de tudo que ela é bonita vida infinita a beleza eterna que às vezes pode-se enxergar *** pois se o tempo anda pra frente e tudo que eu tentei manter comigo foi destruído mesmo o que ficou igual ficou igual em outro lugar se os problemas vão e vem eu quero vê-los com simplicidade sinceridade se a aparência falar alto que a verdade fale mais que o peso da idade e do dinheiro não mate a beleza e a brincadeira nem o meu brilho nos olhos de crescer e inventar
14.
Leve 03:51
leve, leve muito à vontade agora noite quente sente o vento lá fora liberdade paz no coração leve, leve não chora mais agora tudo à salvo respira fundo e olha vai com calma vai de coração até por que deixar pra trás pode ser andar pra frente tanto fez se tanto faz vai em paz e vai contente leve, leve já não dói mais tão fundo desapegue solta o peso do mundo mãos tão gastas não segure mais até por que deixar pra trás pode ser andar pra frente tanto fez se tanto faz vai em paz e vai contente
15.
meu bem, não chore agora nem tem mais o que fazer respire fundo com calma tudo vai acontecer as ondas seguem indo e vindo mesmo se você não vê as grandes dúvidas desaparecem quando o sol aparecer meu bem, não chore você já é o que queria ser respire fundo o mundo existe dentro de você o céu está sempre estrelado mesmo se você não vê as grandes dúvidas desaparecem quando o sol aparecer

about

Songs of love, of sofrência, and change from one of the shining hearts of São Paulo: Tim Bernardes.

A Latin Grammy nominated singer, songwriter, musician, composer, and producer, Bernardes has also collaborated with Fleet Foxes, Tom Zé, David Byrne, Gal Costa, Devendra Banhart, Shintaro Sakamoto, and more. Bernardes has emerged as one of Brazil’s most profound musical talents of his generation, a contemporary artist with deep roots in Brazil’s verdant musical heritage. And finally, his long-awaited second album, the enveloping and expansive Mil Coisas Invisíveis (A Thousand Invisible Things) will be released this summer.

Four years after his standout 2017 debut, Recomeçar, Mil Coisas Invisiveis invites us back into Bernardes and his singular world of sound: warm, intimate, emotionally resonant, healing. The album was primarily written while touring with his acclaimed tropicalia-indie group, O Terno. At the start of 2020, the new decade brought about a sense of change in Bernardes as he took a step back from touring and band life to focus on these new songs. The resulting work connects the cosmic dots from Tropicalia and samba to contemporary indie and folk; it’s a generous and intimate moment, meditations of metaphysical transformation in the face of grave uncertainty.

“Throughout my life, I have been very practical, very objective, and I had never stopped to think about spirituality really in-depth,” Bernardes says. “But after touring, I was very stressed and I noticed that my rational thinking was saturated. I just felt like: ‘Yes, this is my mind, but I am something behind my mind.’ I had this shock of consciousness that made me look into the meaning of things. My music ended up being some part of my self-development.”

The result is the fifteen exquisitely-crafted, luminous songs that comprise Mil Coisas Invisiveis. Responsible for composing, playing, producing, directing, mixing, and arranging the album –with Gui Jesus Toledo recording, supervising, and mastering the album– Bernardes dances between the everyday and the miraculous, crafting songs that inspire with their sweetness, directness, and inherent serenity.

First single, “Nascer, Viver, Morrer,” sets all of Bernardes’s myriad talents into a jewel-like setting. He traces a journey from birth through life to death, each poetic line detailed yet uncluttered, his honeyed voice reaching stunning new heights, all of it transpiring in under two minutes. “With ‘Nascer, Viver, Morrer,’ written near the end of the album, I understood how the album looked from the outside and understood how it accentuated this conscious shift in me,” he says.

Bernardes remained mindful that the music –with its symbolism and multiple layers– transmitted in a way that remained beautiful, intimate, and emotionally evocative for his audience. In that way, he paid proper tribute to his own musical idols: “Brazilian music in the 70s had this quality, writing directly about feelings, love, reflections, beauty, music in a personal/ relatable way, anything that would be truly moving me at the time.”

Favoring simplicity and emotional directness, Bernardes found inspiration everywhere: in the collected letters of John Lennon, MPB in the 1970s, the simple act of looking at the phases of the moon from his backyard. Throughout the album, Bernardes strikes a balance between simple and direct verses and the longer, unmetered lines, pointing to the freeform, slowly unfurling wonder of “Ultima Vez” The sweet and direct “BB (Garupa de Moto Amarela)” originated as a Christmas gift to his girlfriend, before Bernardes realized that he was also fond of this “simple and sincere love song.”

And then there’s the gorgeous arrangements Bernardes himself charted to accentuate his lovely song “Mistificar.” Drawn to both lo-fi intimacy and the opulent arrangements of classic Brazilian albums of the late ‘60s and early ‘70s, “Misitficar” embodies the themes of the album and the newfound balance that Bernardes found in his own life, somewhere between the overly rational and the mystical. It’s a love song perched between romanticism and skepticism. The title of Mil Coisas Invisiveis amplifies this idea of all the unseen forces that make our reality what it is, with Bernardes realizing that “illusion and fantasy and magic are ingredients for life.”

credits

released June 14, 2022

Compositions, arrangements, production, and direction by Tim Bernardes
Recorded by Gui Jesus Toledo and Tim Bernardes
Overall supervision and sound engineering by Gui Jesus Toledo
“Beleza eternal” backing vocals recorded in a monaural studio, Rio de Janeiro, RJ
Mixed by Tim Bernardes
Mastered by Gui Jesus Toledo

All instruments and vocals by Tim Bernardes, except:

Trombones and flugelhorn – Douglas Antunes
Violas and violins – Felipe Pacheco Ventura
Upright bass – Arthur Decloedt
Conga and brushes on “Realmente Lindo” – Biel Basile
Handclaps on “Falta” - Gui Jesus Toledo
Baritone sax on “Olha” - Cuca Ferreira
Backing vocals on “Beleza Eterna” – Dora Morelenbaum and Zé Ibarra
Tenor sax on “Leve” – Mauricio Periera

Recorded in São Paulo, SP, Brazil between February and October 2021

Cover photo – Isabela vdd and Marco Lafer
Cover – Isabela vdd and Tim Bernardes
Graphic design - Isabela vdd

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about

Tim Bernardes São Paulo, Brazil

A Latin Grammy nominated singer, songwriter, musician, composer, and producer, Bernardes has also collaborated with Fleet Foxes, Tom Zé, David Byrne, Gal Costa, Devendra Banhart, Shintaro Sakamoto, and more.

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